Os britânicos Monty Python com o exímio talento para a sátira pitoresca e absurda que os celebrizou. O cenário é a Judeia no ano 33 D.C.. Tempos difíceis de pobreza e medo, prolíferos em salvadores e curas atraentes para multidões de fiéis. O império romano conquistador gaguejando na imposição da sua ordem. Brian, um messias por acaso, sem vocação, que se vê seguido pelo povo desesperado contra a sua vontade. John Cleese, Eric Idle, Terry Gilliam, Terry Jones, Michael Palin e Graham Chapman desdobram-se em múltiplos papéis, desde os ex-leprosos, passando por Pôncio Pilatos, falsos profetas, penitentes, centuriões romanos, mulheres da Judeia, políticos revolucionários, pedintes, vendilhões e até eremitas do deserto. Não esquecer: qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.
LIFE OF BRIAN (A vida de Brian), 1979 um filme dos Monty Python realizado por Terry Jones 19 de Dezembro, às 21h30
O ano chega ao fim e o Clube de Cinema 8 e Meio encerra-o com um convite: vamos acabar o ano em grande animação! Desde os ambientes sinistros e românticos de Tim Burton, passando pelo imaginário absurdo e frenético da dupla Steve Box e Nick Park, até ao quotidiano delirante vislumbrado por David Silverman na adaptação dos bonecos de Matt Groening, três estéticas escolhidas pelo professor Luis Nogueira.
NOIVA CADÁVER
de Tim Burton
4 de Dezembro, 13h30
WALLACE & GROMIT, A MALDIÇÃO DO COELHO HOMEM de Steve Box e Nick Park 11 de Dezembro, 13h30
OS SIMPSONS: O FILME de David Silverman 15 de Dezembro, 10h05 18 de Dezembro, 13h30
Prémio ESEQ: :: YURI QUER COMER de Tiago Silva (ESEQ - Póvoa de Varzim) Observação - Filme também galardoado no Festival Internacional de Cinema de Arouca. Prémio Melhor Filme na secção Cinema Escolar.
1º Prémio Categoria Geral do Concurso de Vídeo Escolar 8 e Meio 2008
Sinopse - Filme que se divide em 3 capítulos que nos dão a conhecer uma personagem, a Ana, distanciada entre o seu corpo e a sua mente.
Realização - Ana Milhazes Ano - 2008
Escola Secundária Soares dos Reis - Porto
OPHELIA
2º Prémio Categoria Geral do Concurso de Vídeo Escolar 8 e Meio 2008
Sinopse - “Ophelia” (videodrama) surge como fruto das palavras de William Shakespeare, em Hamlet, e das cores de John Everett Millais, na sua pintura Ophelia (1851 – 1852). Registo em vídeo do trabalho em torno da expressão corporal e dramática, realizado numa Oficina de Expressão Dramática.
Realização - Joana Ribeiro Soares Ano - 2008
Escola Secundária Filipa de Vilhena - Porto
O BERLINDE DE PETER PAN
1º Prémio Animação do Concurso de Vídeo Escolar 8 e Meio 2008
Sinopse - Um homem adulto, sentado num banco de jardim, pensa. Pensa... até que a chuva o interrompe. Ao abrigar-se, encontra um berlinde que refresca a criança que há em si.
Realização - Jorge Lourenço Ano - 2008
Escola Secundária Eça de Queirós - Póvoa de Varzim
SHORT LIFE OF A FLY
2º Prémio Animação do Concurso de Vídeo Escolar 8 e Meio 2008
Sinopse - Uma curta animação 3D sobre a também curta vida de uma mosca na sala dos alunos da escola do autor.
Realização - Tiago Neves Ano - 2008
Escola Secundária Eça de Queirós - Póvoa de Varzim
YURI QUER COMER
Prémio ESEQ no Concurso de Vídeo Escolar 8 e Meio 2008
Sinopse - Morto de fome, Yuri é obrigado a assaltar a casa do seu vizinho burguês. Sonho, ou conflito de classes em tempo de crise?...
Realização - Pedro Terror e Tiago Silva Elenco - Tiago Silva (Yuri) e Pedro Terror (o burguês) Ano - 2008
Escola Secundária Eça de Queirós - Póvoa de Varzim
VIDA DE GANGSTER
Prémio do Público no Concurso de Vídeo Escolar 8 e Meio 2008
Sinopse - Os erros da infância determinarão o nosso futuro?... Percurso de vida de um dos mais perigosos delinquentes da cidade.
Realização - Ruben Dinis Ano - 2008
Escola Secundária Eça de Queirós - Póvoa de Varzim
YURI QUER COMER, filme de Tiago Silva e Pedro Terror, dois alunos do curso tecnológico Multimédia da ESEQ foi galardoado com o prémio Melhor Filme na secção Cinema de Escola do Festival Internacional de Cinema de Arouca. Parabéns!
24.11.08
PROGRAMA 2ª EDIÇÃO CONCURSO DE VÍDEO ESCOLAR 8 E MEIO 28 e 29 de Novembro Diana Bar Avenida dos Banhos Póvoa de Varzim
Os filmes não estão necessariamente pela ordem de exibição da sessão. Os filmes em exibição nos 3 blocos estão abertos à atribuição do Prémio do Público, mediante votação dos espectadores.
BLOCO 1 Sexta, 28 Novembro - 21h45
MUSIC FOR A FOUND HARMONIUM Ricardo Cunha
LEPSE Sérgio Marafona
ANA X5/3 Ana Milhazes
OFFSIDE Diogo Soares
VIDA DE GANGSTER Ruben Dinis
YURI Tiago Silva
OPHELIA Joana Ribeiro Soares
BLUE SUEDE SHOES André Puertas
REGISTO E EXPRESSÃO Joana Queirós
O ESPELHO DOS TEUS MEDOS Inês Magalhães
REGGA Filipe Leite
DISRITMIA Sara Carolina
TIO MANECAS Joana dos Santos Ferreira
O QUE É QUE TE FAZ FELIZ Tiago Silva
PSYCHO Pedro Terror
DELÍRIO NO CAMPO Nuno Pereira
A DANÇA DE CHARLOTE Nelson Gonçalves
O BERLINDE DE PETER PAN Jorge Lourenço
SENTIDOS Luís Paiva
Após a conclusão da projecção CONCERTO DOS PEOPLE OF THE BAND
BLOCO 2 Sábado, 29 Novembro - 16h30
PSYCO Estevão Pontes
EFÉMERO Liliana Maia
STUPID LOST BOY Nélson Moreira
É DO ÓPIO QUE A MINHA ALMA É DOENTE Joana Moreira
AURORA Ricardo Cunha
CULTURAS URBANAS - OUTROS MUNDOS Alda Canito
INSÓNIA Paulo Castro
BAIRRO DOS PESCADORES Renato Santos
IDENTIDADES ABERTAS Mariana Costa
CONSTRUCTION Carlos Costa
UMA VIDA SEM ESCOLHAS Joaquim Vicente
ADIDAS FEEL THE POWER Carlos Costa
SHORT LIFE OF A FLY Tiago Neves
ROTINA António Barroso
CICLO VICIOSO Cláudia Oliveira
PAYBACK Marcos Neves
VOYEUR Tânia Lourenço
BLOCO 3 Sábado, 29 Novembro - 17h30
ACORDA! Marcos Neves
BASEBALL HEIST Renato Santos
UM DIA DE ESTUDANTE Ana Margarida de Sousa
DREAM Daniel Martins
CARJACKING Aires Silva
ENCONTRO ESTRANHO Mário Azevedo
ENSAIO TRIANGULAR, OU A PREVISÍVEL MONOTONIA DO ATUM João Paulo Neves
SUPER-OSGA ANTUNES, O BOM DA FITA Nuno Almeida
REPÓRTER TERROR António Barroso
THE PLASTICINE MAN Mário André Silva
PROCESSO CRIATIVO Mário Machado
CORPORALMENTE FALANDO Clara Pais
OSSOS DO OFÍCIO Francisco Côrte-Real
OBSESSIVA Cristiano Sousa
LIMBO Danilo Rodrigues
CAFÉ CONCERTO Catarina David
FINAL Joana Moreira
CERIMÓNIA DE ENCERRAMENTO Sábado, 29 Novembro - 21h45
PROJECÇÃO FILMES EX-ALUNOS ESEQ Filmes de Ana Carina Romero, Arnaldo Pedro, Pedro Caldas e Carlos Nunes
PROJECÇÃO FILMES PREMIADOS Categoria Geral - 1º e 2º Prémios Categoria Animação - 1º e 2º Prémios ESEQ - Prémio único Público - Prémio Público Menções Honrosas
2ª EDIÇÃO DO CONCURSO DE VÍDEO ESCOLAR 8 E MEIO Diana Bar - Av. dos Banhos, Póvoa de Varzim - 28 e 29 de Novembro de 2008
O 2.º Concurso de Vídeo Escolar 8 e Meio é o maior evento educativo do país na promoção de realização cinematográfica dedicado exclusivamente ao ensino secundário.
Este concurso, lançado em Março de 2008 e abrangendo as escolas secundárias pertencentes a Direcção Regional de Educação do Norte, decorreu até ao final de Julho, com a adesão de mais de meia centena de filmes realizados por alunos de diversas escolas secundárias do norte do país. A enorme adesão e a qualidade cinematográfica dos filmes concorrentes suscitaram um esforço por parte da organização promotora do evento – o Clube de Cinema 8 e Meio da Escola Secundária Eça de Queirós (Póvoa de Varzim) – no sentido de os apresentar ao público com a dignidade que merecem.
PROGRAMA
28 de Novembro (sexta-feira)
21h 45m Exibição dos filmes a concurso com votação do Prémio do Público |BLOCO 1
23h 30m Actuação dos People of the Band*
(* People of the Band – promissora banda de funky jazz, composta por jovens da Póvoa de Varzim e Vila do Conde)
29 de Novembro (sábado)
16h 30m Exibição dos filmes a concurso com votação do Prémio do Público |BLOCO 2
17h 30m Exibição dos filmes a concurso com votação do Prémio do Público |BLOCO 3
21h 45m Exibição dos filmes convidados ex-alunos da ESEQ
22h 30m Exibição dos filmes premiados no 2.º Concurso de Vídeo Escolar 8 e Meio
23h 15m Entrega de Prémios e encerramento do 2.º Concurso de Vídeo Escolar 8 e Meio
"Uma distopia ou antiutopia é o pensamento, a filosofia ou o processo discursivo baseado numa ficção cujo valor representa a antítese da utópica ou promove a vivência em uma "utopia negativa". São geralmente caracterizadas pelo totalitarismo, autoritarismo bem como um opressivo controle da sociedade. Nelas, a sociedade tida como perfeita, utópica, mostra-se corruptível, e as normas criadas para o bem comum mostram-se flexíveis." in, wikipedia.org
DISTOPIAS NO CINEMA A programação do mês de Novembro do Clube 8 e Meio é da responsabilidade de Daniel Curval, amigo nosso de longa data, responsável pela secção de audio-visuais da Biblioteca Municipal da Póvoa de Varzim e confesso cinéfilo.
Segunda-feira, 3 de Novembro - repete quinta-feira, 6 de Novembro: METROPOLIS de Fritz Lang - Alemanha, 1927, 116 min.
SINOPSE No futuro, a sociedade de Metropolis está dividida em dois grupos: os trabalhadores, que vivem debaixo de terra e fazem as máquinas funcionar e a classe dominante que vive à superfície. Os trabalhadores são dirigidos por Maria que quer encontrar um mediador entre a classe dominante e os trabalhadores, pois ela acredita que entre o cérebro e os músculos é necessário um coração. Maria encontra Freder Fredersen, o filho do senhor de Metropolis, Joh Fredersen e Apaixonam-se. Entretanto, Joh decide que os trabalhadores já não são necessários a Metropolis e usa um robô para fingir que é Maria e fomentar a revolução entre a classe trabalhadora para a eliminar. Interpretação: Gustav Fröhlich, Brigitte Helm, Alfred Abel, Rudolf Klein-Rogge, Fritz Rasp Realização: Fritz Lang Argumento: Fritz Lang, Thea Von Harbou segundo um romance de Thea Von Harbou Produção: Erich Pommer Fotografia: Karl Freund, Günther Rittau, Walter Ruttmann Música: Galeshka Moravioff Tradutor: Storyline Audiovisuais Lda.
Segunda-feira, 10 de Novembro - repete quinta-feira, 13 de Novembro: FAHRENHEIT 451 (Grau de Destruição) - França/GB, 1966, 112 min. a partir do livro homónimo de Ray Bradbury
SINOPSE Montag é um bombeiro que vive numa solitária e isolada sociedade, em que os livros são proibidos pelo Governo. É seu dever queimar todo livro que tenha sido visto pelas autoridades ou denunciados pelos informantes. Montag acaba se envolvendo com Clarisse, uma apaixonada pela literatura, o que o leva a ler livros de forma clandestina. É através deste relacionamento que Montag passa a questionar os motivos que justificam a determinação do governo de queimar toda e qualquer obra literária.
Realização: François Truffaut Argumento: François Truffaut e Jean-Louis Richard a partir do romance homónimo de Ray Bradbury Fotografia: Nicholas Roeg Montagem: Thom Noble Música: Bernard Herrmann Interpretação: Julie Christie; Oskar Werner; Cyril Cusack; Anton Driffing; Jeremy Spencer; Anne Bell
Segunda-feira, 17 de Novembro - repete quinta-feira, 20 de Novembro: THEY LIVE (Eles vivem) - EUA, 1988, 89 min.
SINOPSE ELES INFLUENCIAM AS NOSSAS DECISÕES, SEM O NOSSO CONHECIMENTO. ELES ENTORPECEM OS NOSSOS SENTIDOS, SEM O SENTIRMOS. ELES CONTROLAM AS NOSSAS VIDAS, SEM NOS DARMOS CONTA. ENQUANTO NÓS DORMIMOS... ELES VIVEM! John Nada fez uma descoberta desconcertante. Ao colocar uns óculos de sol que descobriu por acaso, repara que tudo à sua volta parece ter mudado. As caras de algumas das pessoas com quem se cruza têm expressões estranhamente distorcidas. Por todo o lado, vê anúncios de néon cintilantes com estranhas mensagens e ordens inequívocas. John apercebe-se de que o mundo em que vive se encontra ocupado por extraterrestres. Tudo indica uma invasão meticulosamente planeada. As criaturas extraterrestres estão a saquear sistematicamente o planeta Terra - e praticamente ninguém consegue resistir à lavagem cerebral a que é submetido. Quando John se une a um movimento clandestino que almeja a destruição do quartel-general dos invasores, é descoberto e os extraterrestres iniciam a sua implacável captura...
REALIZADOR John Carpenter
INTÉRPRETES Roddy Piper, Keith David, Meg Foster, George 'Buck' Flower, Peter Jason, Raymond St. Jacques, John Lawrence, Susan Barnes, Sy Richardson.
Segunda-feira, 24 de Novembro - repete quinta-feira, 27 de Novembro: CHILDREN OF MEN (Os Filhos do Homem) - GB/EUA/JP, 2006, 109 min. A partir do livro homónimo de P.D. James
SINOPSE ANO 2027. OS ÚLTIMOS DIAS DA RAÇA HUMANA. HÁ 18 ANOS QUE NÃO NASCE UMA CRIANÇA. ELE TERÁ DE PROTEGER A NOSSA ÚNICA ESPERANÇA. Nenhuma criança. Nenhum futuro. Nenhuma esperança. No ano de 2027, dezoito anos após o nascimento da última criança, o desiludido Theo (Clive Owen) torna-se o herói improvável da raça humana ao ser requisitado pela sua ex-companheira (Julianne Moore) para escoltar uma jovem grávida para fora do país o mais rapidamente possível. Numa emocionante corrida contra o tempo, Theo irá arriscar tudo para trazer à luz o maior milagre há muito esperado. Co-protagonizado por Michael Caine, este amplamente aclamado Os filhos do Homem de Alfonso Cuarón recebeu três nomeações aos Oscars®, incluindo Melhor Argumento Adaptado e Melhor Fotografia. REALIZADOR Alfonso Cuarón
INTÉRPRETES Clive Owen, Julianne Moore, Michael Caine, Chiwetel Ejiofor, Charlie Hunnam, Claire-Hope Ashitey, Pam Ferris, Danny Huston, Peter Mullan, Jacek Koman, Oana Pellea, Paul Sharma, Michael Klesic, Juan Gabriel Yacuzzi
Prémio de Crítica Cinematográfica 8 e Meio / Locus
O Clube de Cinema 8 e Meio, cumprindo o designio de ampliar as actividades a que se dedica decidiu implantar este ano lectivo um Prémio de Crítica Cinematográfica. O projecto surge pensado como um complemento interessante às projecções de filmes que o clube semanalmente leva a cabo. Queremos estimular nos nossos alunos uma postura crítica e simultaneamente o gosto pela escrita (re)criativa. Não nos esqueçamos do exemplo Francês e da importância que uma jovem geração de criticos teve no desenvolvimento do cinema e do pensamento em geral. À nossa escala (naturalmente) queremos trilhar o mesmo caminho, acrescentando massa critica à escola e à cidade. Queremos todos envolvidos. E todos são todos, desde os alunos, aos pais e aos professores. Como estímulo conseguimos um Prémio aliciante, só possível por que há na cidade quem partilhe dos nossos ideais educativos. A Papelaria Locus, é a parceira do 8 e Meio e oferece um prémio de 150 Euros ao aluno vencedor. A cereja em cima do bolo acontece com a publicação do trabalho vencedor no jornal Póvoa Semanário.
Regulamento
1. Podem concorrer todos os alunos com matricula válida na ESEQ para o ano lectivo 2008/2009. 2. Os alunos devem escrever as suas críticas na sequência do visionamento de filmes programados pelo Clube 8 e Meio (ao longo de todo o ano lectivo). 3. Não há limite para o número de críticas a serem escritas (desde que o aluno comprovadamente tenha estado nas respectivas sessões). 4. As críticas devem ocupar um máximo de duas páginas A4. 5. O aluno deve usar como fonte a Arial (corpo 12) e escrever com espaçamento de 1,5. 6. As criticas devem ser entregues em suporte físico na secretaria da escola (em envelope fechado) e simultâneamente enviadas para o email: ccv.eseq@mail.telepac.pt Devem conter o nome completo do aluno, turma, número, título do filme abordado, data da sessão visionada e um telemóvel para eventuais contactos. 7. Os alunos comprometem-se a realizar trabalhos originais. Em caso de detecção de fraude (uso de peças já publicadas), procede-se à eliminação desses trabalhos para efeito de Concurso. 8. Será também motivo de desclassificação o uso de linguagem desrespeitosa ou ofensiva. 9. Será contituído um Júri representativo da estrutura escolar da ESEQ e mais um elemento da Locus que terá como missão a atribuição do Prémio de Critica Cinematográfica. 10. A atribuição do Prémio far-se-á em cerimónia pública durante o mês de Junho em dia, local e hora a designar. 11. O clube 8 e Meio reserva-se o direito de utilizar os textos enviados nos seus suportes de divulgação. 12. Qualquer caso omissão pelo presente regulamento será resolvido pelo Clube 8 e Meio.
O CLUBE DE CINEMA 8 E MEIO reinicia a sua longa conversa com o brilho lunar das sessões nocturnas de cinema. As NOITES DE CULTO acontecem na terceira sexta-feira de cada mês. Convida-se toda a comunidade escolar, amigos, familiares e estranhos com o mesmo brilho nos olhos a acompanhar-nos nesta conversa com a lua. Para reatar este trilho, apresentamos um filme brilhante - mesmo de lua cheia - do realizador Francis Ford Coppola: One from the Heart (Do fundo do coração). One from the Heart (1982) apresenta-nos uma das mais incrivelmente belas combinações de cenários - percorridos comoventemente por Frederic Forrest, Teri Garr, Raul Julia e Nastassja Kinski - e uma música que nasceu no brilho da lua, filha do inimitável Tom Waits. Este filme cheio de requintados e dispendiosos truques técnicos quase arruinou Coppola (e os estúdios Zoetrope) com uma bilheteira que demorou anos a compreender a sua delicada poesia. De quarto, cresceu. Hoje é lua cheia. Inesquecível no fundo do coração dos amantes do cinema e radiante na primeira Noite de Culto do Clube de Cinema 8 e Meio do ano lectivo 2008/2009. Não percam. É um daqueles filmes que parecem aquele bolo que raramente comemos, que adoramos e que só a nossa avó sabe fazer.
Olá! Estamos de volta às sessões regulares.Em vésperas de eleições presidenciais norte-americanas (de que vai resultar 44º presidente) pareceu-nos oportuno seleccionar um conjunto de filmes que abordam de multiplos ângulos os meandros da politica Americana sob a perspectiva da sua cadeia de comando sediada na Casa Branca. Nunca como hoje as ondas de choque das decisões politicas Americanas se abateram na vida dos Europeus com tanta intensidade, efeito principal de uma globalização em constante acelaração. Esperamos proporcionar alguma reflexão sobre o tempo actual sabendo que ele se joga muito na informação e na capacidade que as instâncias de poder têm em controlar o seu fluxo. Vejamos então o reverso da medalha... Boas sessões!
Segunda, 6 - 10H05 repete Quinta, 9 - 13H30 Manobras na Casa Branca Intérpretes: Dustin Hoffman, Robert de Niro Realização: Barry Levinson Dustin Hoffman e Robert De Niro lideram esta brilhante sátira realizada pelo já vencedor do Oscar da Academia, Barry Levinson. Quando um famoso produtor de Hollywood (Dustin Hoffman) e um poderoso consultor de comunicação (Robert De Niro) são recrutados para tentar evitar o escândalo sexual que envolve o Presidente dos Estados Unidos, estão lançados os ingredientes para uma das melhores comédias de 1998. Faltam duas semanas para as eleições presidenciais e o escândalo que o Presidente acaba de criar pode derrubá-lo num ápice. Só um acontecimento ainda mais mediático que o próprio escândalo poderá salvá-lo. E que tal uma guerra?... Estão lançados os dados para a mais louca e incrível história jamais imaginada. Esta é a mais louca aventura sobre o uso e abuso do poder político nos Estados Unidos.
Segunda, 13 - 10H05 repete Quinta, 16 - 13H30 Os homens do presidente Intérpretes: Dustin Hoffman, Robert Redford, Jack Warden, Martin Balsam, Hal Holbrook, Jason Robards, Jane Alexander, Meredith Baxter, Ned Beatty, Stephen Collins, Penny Fuller, John McMartin. Realização: Alan J. Pakula O realizador Alan J. Pakula mostra a saga de dois repórteres do Washington Post que passam a investigar uma possível ligação existente entre o governo americano e a invasão da sede de um partido rival. Com Robert Redford, Dustin Hoffman e Jason Robards. Vencedor de 4 Oscars.
Segunda, 20 - 10H05 repete Quinta, 23 - 13H30 O candidato da verdade Intérpretes: Denzel Washington, Meryl Streep, Liev Schreiber, Jon Voight, Kimberly Elise, Jeffrey Wright, Ted Levine. Realização: Jonathan Demme De dia, o major Bennett Marco (Washington) faz discursos inspirados sobre os actos heróicos do seu pelotão e do sargento Shaw (Schreiber) no Kuwait. De noite, não consegue dormir atormentado por sinistras imagens do deserto. Começa a suspeitar que o destino de dois dos seus soldados, oficialmente mortos, poderá ter sido outro e que Shaw, agora candidato a vice-presidente, não é o herói que se julga.
Segunda, 27 - 10H05 repete Quinta, 30 - 13H30 A Mulher que acreditava ser presidente dos Estados Unidos da América Intérpretes: Alexandra lencastre, Rita Blanco, Laura Soveral Realização: João Botelho Esta é a história de uma mulher que vive em Lisboa, na esquina da Rua Washington, e que acredita realmente que é a Presidente dos Estados Unidos da América.A casa é pequena quando vista do exterior - talvez mesmo muitíssimo pequena - mas, à medida da vontade da sua inquilina, ela é enorme no seu interior, onde tem todas, todas as condições para ser a Casa Branca. Sim, a Casa Branca, que é como a mulher lhe chama, tal como fala na Sala Oval quando pensa na sala perfeitamente rectangular onde toma todas as suas importantes decisões. Nas vésperas do seu 37.º aniversário, e decidida a proporcionar a todas as mulheres do mundo um dia extraordinário e que lhe garanta a reeleição, ela atarefa-se na preparação de uma festa de arromba, entre sessões de beleza, entrevistas aos mais importantes órgãos de comunicação social, decisões de impacto planetário e discussões com a sua velha mãe (que mantém escondida na cave...).Ao mesmo tempo, desmultiplica-se em ordens à inúmera legião de criadas e ao numeroso séquito de mulheres que constituem o núcleo duro de amigas politicamente fiéis, para finalmente acabar em inconfessáveis confissões à sua Secretária de Estado...
Alguns alunos e alguns professores da ESEQ têm partilhado, em conversas informais, o interesse, a ansiedade e a expectativa de aprofundarem os seus conhecimentos no âmbito da animação. Assim, depois de uma pesquisa exaustiva - que incluiu aconselhamento junto de alguns realizadores de cinema de animação - o toonboom parece-nos um meio interessante a explorar. Claro está que a discussão está aberta e não se encerra nesta escolha. Pensamos estudar a contratação de formação extra-curricular num software eficiente para a realização de cinema de animação, eventualmente para o próximo ano lectivo, e gostariamos de receber as vossas sugestões, bem como de fazer uma prospecção relativamente ao possível número de interessados, para começarmos desde já a trabalhar. Por favor, enviem as vossas sugestões e declarem o vosso interesse - para já de modo descomprometido - sob a forma de comentário deste blog. Um abraço e bons filmes.
O Clube de Cinema 8 e Meio associa-se ao Clube Europeu da ESEQ na organização do Dia da Europa.
DIA DA EUROPA NA ESCOLA SECUNDÁRIA EÇA DE QUEIRÓS
PROGRAMA:
10h05 Projecção do filme Lisboetas, de Sérgio Tréfaut (*) 13h30 Encontro com a eurodeputada Drª. Elisa Ferreira (*) 15h15 Projecção do filme Goodbye Lenin, de Wolfgang Becker (*) 21h30 Projecção de uma selecção de filmes do projecto Visions of Europe (*) seguida de Mesa Redonda “Europa - Unidade na Diversidade” Painel: Dr. Manuel Costa, Profª. Isabel Correia Martins, Prof. Fernando Nunes e Dr. Renato Matos Moderador: Catarina Pessanha
(*) Sessão no Auditório da ESEQ - Entrada Livre
PROGRAMA PARALELO:
Projecção Integral do projecto Visions of Europe na sala dos alunos e sala dos professores ao longo do dia Exposição documental sobre a Europa Actuação do Coro da ESEQ Criação de um painel alusivo ao Dia da Europa pelos alunos das turmas de Artes
Destas actividades, destacamos a Mesa Redonda subordinada ao tema Europa - A Unidade na Diversidade com um painel constituído pelo Dr. Manuel Costa (Director da Biblioteca Municipal Rocha Peixoto / Exerceu funções de Técnico de Assuntos Europeus durante a 2ª presidência portuguesa da U.E.), Profª. Isabel Correia Martins (responsável pelo Clube Europeu da ESEQ), Prof. Fernando Nunes (ex-aluno Erasmus) e Dr. Renato Matos (advogado / ex-Assistente Parlamentar na Comissão de Liberdades Cívicas, Justiça e Assuntos Internos, no Parlamento Europeu), com moderação da jornalista Catarina Pessanha. Esta iniciativa pretende constituir-se como uma reflexão sobre a Europa dos Dias de Hoje, uma geografia alargada a 27 países, do Atlântico ao Bâltico, numa comunidade unificada em múltiplas identidades. O debate constituir-se-á em torno das experiências profissionais e afectivas de cada convidado e será procedido pela projecção de excertos do projecto "Visions of Europe", filme constituído por 25 curtas-metragens de outros tantos realizadores de 25 países europeus.
Sequência da Noite:
21H30: Abertura do evento 21H35: Exibição de 7 curtas-metragens do projecto Visions of Europe (duração 35 minutos) 22H15: Apresentação do painel 22H20: Início do Debate 23H30: Fecho da actividade por um membro do 8 e Meio
Elenco e Participações: Masatoshi Nagase, Yuki Kudoh, Nicoletta Braschi, Elizabeth Bracco, Joe Strummer, Steve Buscemi, Screamin' Jay Hawkins, Steve Jones, Marvell Thomas, Rufus Thomas e Tom Waits
"O filme amarra três historia em uma, todas se passando em um hotel rasca em Memphis, Tennessee. Jarmusch tenta apresentar a América pelos olhos de um estrangeiro, ilustrado aqui pelo casal japonês, a italiana e o inglês, que vêm para Memphis, terra onde nasceu o rockabilly e o fenômeno Elvis Presley, cada um com uma expectativa singular..."
EXTRAS:
Participação especial de Screamin' Jay Hawkins, músico que imortalizou o tema I Put A Spell On You, interpretado mais tarde por artistas como, Nick Cave, Nina Simone ou Marilyn Manson, entre muitos outros. Aqui fica a sua actuação num programa de TV.
Participação também de Rufus Thomas, outra lenda do rock. Walkin' The Dog é porventura o seu tema mais conhecido.
O final do ano lectivo aproxima-se a passos largos. Este mês, o Clube de Cinema 8 e Meio fez as malas e faz-se à estrada... Pela América do Norte, continente de eleição do Prof. Arnaldo Pedro - o programador responsável por esta escolha -, para as férias de Verão. Aproveitem a boleia para a aventura pela estrada fora!
On The Road #1 MYSTERY TRAIN Jim Jarmusch - EUA, 1989
Terça-feira 6 de Maio: 10H50, repete Quarta-feira 7 de Maio: 15H15
On The Road #2 LENINGRAD COWBOYS GO AMERICA Aki Kaurismäki - Finlândia, 1989
Terça-feira 13 de Maio: 10H50, repete Quarta-feira 14 de Maio: 15H15
On The Road #3 PARIS, TEXAS Wim Wenders - EUA, 1984
Terça-feira 20 de Maio: 10H50, repete Quarta-feira 21 de Maio: 15H15
On The Road #4 THELMA & LOUISE Ridley Scott - EUA, 1991
Terça-feira 27 de Maio: 10H50, repete Quarta-feira 28 de Maio: 15H15
Sessões no Auditório da ESEQ - Escola Secundária Eça de Queirós, Póvoa de Varzim Entrada livre.
"Em 2022 a face da Terra está bem modificada. Em Nova York há 40 milhões de habitantes e o efeito estufa aumentou muito a temperatura, deixando o calor ficar quase insuportável. No entanto os ricos vivem em condomínios de luxo, onde belas mulheres são parte da mobília. Mas a comida está escassa para todos, tanto que um vidro de geléia de morango custa 150 dólares. Neste contexto é assassinado um milionário, William R. Simonson (Joseph Cotten), que quando viu que seria morto não esboçou gesto nenhum para se defender. O detetive Robert Thorn (Charlton Heston) é designado para investigar o caso e constata algo realmente estarrecedor." in CineDivX Bizarro
Terça-feira, 29 de Abril: 10H50 Quarta-feira, 30 de Abril: 15H15
Celebrando o Dia Mundial da Dança, o Clube de Cinema 8 e Meio associa-se ao departamento de Educação Física da ESEQ numa sessão extra. O filme escolhido pela professora Ana Vaz Leal foi Billy Elliot, de Stephen Daldry. Terça-feira, 29 de Abril, às 15H15 no Auditório da ESEQ. Entrada Livre.
Terça-feira 8 de Abril: 10H50 Quarta-feira 9 de Abril: 15H15
O PLANETA DOS MACACOS (The Planet of The Apes, EUA, 1968). 108 minutos Direcção: Franklin Schaffner Argumento: Michael Wilson, a partir de história criada por Pierre Boulle Produção: Mort Abrahams; Arthur P. Jacobs Fotografia: Leon Shamroy Música:Jerry Goldsmith Edição: Hugh S. Fowler Direcção de Arte: William J. Creber; Jack Martin Smith Elenco: Charlton Heston (George Taylor); Roddy McDowall (Cornelius); Kim Hunter (Zira); Maurice Evans (Dr. Zaius); James Whitmore (Presidente da Assembléia); James Daly (Dr. Honorious); Linda Harrison (Nova)
O Planeta dos Macacos - USA, 1968 Terça 8 às 10H50 - Quarta 9 às 15H15
Mad Max - Australia, 1979 Terça 15 às 10H50 - Quarta 16 às 15H15
O Dia em que a Terra Parou - USA, 1951 Terça 22 às 10H50 - Quarta 23 às 15H15
Soylent Green - USA, 1973 Terça 29 às 10H50 - Quarta 30 às 15H15
Olá! O Clube de Cinema 8 e Meio dá as boas-vindas à primavera e inicia o 3º período de aulas com um ciclo de filmes de ficção-científica a que decidimos chamar À Beira do Fim. Sabemos que os dias são quentes, a roupa mais ligeira e as cores mais vivas. O amor anda pelo ar e a proximidade das férias grandes nos deixa a todos mais felizes. Por isso, só para chatear, os filmes deste mês são negros, são obras que nos apresentam uma visão negativa do futuro da humanidade... Mas todos, à sua maneira, contribuem para nos despertar a consciência, tornar-nos mais críticos, e sonhar um mundo melhor. Aceitem o convite e venham às sessões. A entrada é livre.
2º CONCURSO DE VÍDEO 8 E MEIO Aberto a todos os alunos do Ensino Secundário da DREN Regulamento e Ficha de Inscrição aqui!
A MINHA VIDA DAVA UMA CURTA
Pensemos um pouco nos jovens que vão concorrer ao concurso de Video escolar oito e Meio. Têm idades compreendidas entre os 15 e os 19 anos sensivelmente. Que factos dignos de registo ou que parcelas biográficas suas mereceriam ser preservadas em registo video? Provavelmente poucas, se pensarmos no cânone das biografias habituais, no sentido em que a vidas, por exemplo de Charles Lindbergh ou Pablo Picasso, dariam um filme. Perante vidas tão curtas somos forçados a admitir a mais que normal ausência de material biográfico digno de nota. No entanto, acreditamos que cada jovem transporta dentro de si um indivíduo único, curioso e especial. Queremos ser espectadores (em primeira fila) do que os nossos alunos têm para dizer, o que pensam... queremos dar-lhes voz. Por isso o termo “vida” surge no concurso, não como expressão de uma sucessão cronólogica de eventos (invariavelmente previsível e aborrecida), mas muito mais como retrato das suas vidas interior e subjectiva. E neste sentido, qualquer vida merece (em qualquer altura) ser relatada, porque é através da diversidade que se constrói o respeito entre os seres humanos. Além do mais, este tema não pressupõe em absoluto que apenas as vidas humanas mereçam reflexão. Os alunos podem descentrar a atenção sobre si próprios e focá-la em tudo o que os rodeia. Uma formiga, um lápis, uma pedra, todos são susceptíveis de possuirem uma vida própria. Interessa-nos, também, este carácter animista que os objectos podem assumir. Se é verdade que qualquer tema tenderia a reduzir as opções criativas dos alunos, não é menos verdade que confiamos nas capacidades destes tornearem a imposição temática e contruirem variações inteligentes, sarcásticas, imaginativas do que lhes é sugerido. Porque como diz Federico Fellini “o cinema é um modo divino de contar a vida”.
O Clube de Cinema 8 e Meio termina a sua actividade do segundo período do presente ano lectivo com a exibição do filme Roma, de Federico Fellini. Esta sexta-feira, 14 de Março, a partir das 21H30 no Auditório da ESEQ- A entrada é livre!
Assim encerra o 2.º período e o ciclo dos filmes da prateleira de cima da minha estante. Março é o mês em que nos despedimos do inverno. Chaplin, Fellini, Truffaut, Bergman, Godard, Pasolini, Kubrik, estão no sol do cinema e não são o inverno. Escolhi-os para que o seu brilho nos acompanhasse num inverno de sol Agora, batendo na porta da primavera, escolhi dois cineastas do leste europeu. Tarkovski (n. 1932- m. 1986), que viveu o auge e o processo de declínio de um regime contraditório e fechado - o da URSS do miolo do século XX - e que o narrou em quadros poéticos de retratos intimistas. Kusturica (n. 1954), que viveu um país que se consumiu na divergência de culturas que deveriam convergir, a Jugoslávia, hoje bósnio, empresta ao relato social dos balcãs que viveu, o delírio rocambolesco que por vezes lembra Fellini. Faltaram tantos... A prateleira de cima é grande e tornou-se sufocantemente estreita quando se tratou de escolher filmes para blocos lectivos tão apertados. Eisenstein, Murnau, Ophuls, Lang, Dreyer, Hitchcock, Renoir, Rossellini, Welles, Ford, Mizoguchi, Wilder, Kazan, Tati, Cassavetes, Mankiewicz, Preminger, Bresson, Buñuel, Mikhalkov, Antonioni, Visconti, De Sica, Polanski, Scola, Kurosawa, Scorsese, Fassbinder, Rohmer, Greenaway, Pialat, Lynch, Jarman, Jarmusch, Almodovar, Wenders, Kar-Wai, Hartley, Resnais, Ki-Duk, Chabrol, Trier, ... e os outros todos, sem hierarquias que não me interessam, faltaram por agora. E estiveram nos labirintos que antecederam as escolhas. Boa primavera com os filmes do professor Arnaldo Pedro. A entrada é livre e A LIBERDADE É BONITA.
António Boaventura Pinto
O Espelho
Zerkalo
Andrei Tarkovski
URSS, 1974
terça-feira, 4 de Março, 10h50m
quarta-feira, 5 de Março, 15h15m
Auditório da ESEQ
Autobiografia multifacetada de Tarkovski. A vida da sua mãe é fraccionada anacronicamente pelas lembranças do filho ainda menino, sobrepostas pela imagem de adulto que chega através do pai. Vasto material de arquivo incorpora a história russa do período na história particular do realizador e das suas memórias com a família e o passado, enquanto poemas de Arseni Tarkovski, pai de Andrei Tarkovski, tecem o fio narrativo.
Lembras-te de Dolly Bell
Sjecas li se Dolly Bell
Emir Kusturica
Jugoslávia, 1981
terça-feira, 11 de Março, 10h50m
quarta-feira, 12 de Março, 15h15m
Auditório da ESEQ
Na Jugoslávia dos anos 60, sob a mão-de-ferro de Tito, Dino é um adolescente que vive atormentado pelos sermões comunistas do pai, dos quais se liberta através do cinema, rock e hipnose, que acha bem mais interessantes que os ensinamentos marxistas. Entoando diariamente um mantra e acreditando no poder da auto-sugestão, ele entra no mundo dos criminosos suburbanos de Sarajevo e apaixona-se pela prostituta que foi encarregue de proteger, Dolly Bell. Na sua primeira longa-metragem, galardoada com o Leão de Ouro em Veneza, Emir Kusturica põe já em cena os temas sociais e o delírio visual que se tornaram o traço fundamental da sua obra. É um início de carreira surpreendente: não será apenas este rapaz de dezasseis anos que não conseguirá esquecer Dolly Bell.
Para este mês, o professor António Pinto seleccionou mais um conjunto de filmes da sua prateleira de cima. São três escolhas muito especiais, entre a sua vasta "biblioteca", obras que, segundo diz, o marcaram desde muito cedo e o fizeram apaixonar por isto das imagens em movimento. Quanto a serem da prateleira de cima, fecha-se em copas. Consta que mora muito perto do rio, e tem um medo tremendo que uma qualquer inundação lhe estrague as belas obras.
Para ver (e a não perder...):
Quarta-feira, 13 - 15H15 O ACOSSADO (FRA, 1960) Jean-Luc Godard
Terça-feira, 19 - 10H15 Quarta-feira, 20 - (15H15) MAMMA ROMA (ITA, 1962) Pier Paolo Passollini
Terça-feira, 26 - 10H15 Quarta-feira, 27 - 15H15 DR. ESTRANHO AMOR (ING, 1963) Stanley Kubrick
As sessões decorrem no autitório da ESEQ - Escola Secundária Eça de Queirós, Póvoa de Varzim e a entrada é livre!
O SÉTIMO SELO Det Sjunde Inseglet Ingmar Bergman Suécia, 1957
Terça-Feira, 29 de Janeiro: 10H50 Quarta-Feira, 30 de Janeiro: 15H15 Auditório da ESEQ Entrada Livre (e a liberdade é bonita)
Det Sjunde Inseglet é certamente um dos três ou quatro mais célebres filmes de Ingmar Bergman, se não for mesmo o mais célebre. Sobretudo se medirmos a “celebridade” a partir de questões “iconográficas” (por assim dizer): esta figuração da morte, encarnada magistralmente por Bengt Ekerot, fixou-se no imaginário colectivo do século XX, citada e re-citada em dúzias de filmes (e muito para além de filmes). Tal como sucedeu, aliás, com aquela que é uma das imagens “essenciais” do filme, a poderosa alegoria do jogo de xadrez entre Max von Sydow e a morte, e para a qual Bergman, segundo contou, colheu inspiração numa pintura de finais do século XV, existente numa igreja perto de Estocolmo, que retratava precisamente um jogo de xadrez entre um homem e um esqueleto, símbolo da morte. De certa forma, na figura de Ekerot, Bergman revestiu de “carne” esse esqueleto e esse símbolo da morte e no mesmo passo criou a mais perene “encarnação” da morte de toda a história do cinema. Da “lenda” de Sjunde Inseglet essa figuração é indissociável: este é o “filme da morte”, o “filme do jogo de xadrez”. Mas é também o filme do céu e do silêncio, o céu e o silêncio dos planos que abrem e fecham o filme em rima. “E quando ele abriu o sétimo selo, fez-se silêncio no céu durante meia-hora” é a citação do Apocalipse que acompanha esses planos (e “explica” o título do filme). Como qualquer filme de Bergman, Det Sjunde Inseglet desafiou e continua a desafiar todas as exegeses e todos os exegetas, mas neste caso a profusão de alusões e evocações de temas e figuras cristãs (coisa que, obviamente, não é única nem exclusiva no contexto da filmografia bergmaniana) torna o debate sobre Det Sjunde Inseglet um dos mais complexos na obra de Bergman. Que se passa verdadeiramente nesta estrutura circular que vai de céu a céu? Que se passa bem entendido para além da alegoria? Que olhar sobre a vida e sobre a morte, mas mais ainda sobre o “além-morte”, propõe o filme? Det Sjunde Inseglet é um filme que tende para o mais grave dos desesperos ou para a mais pacífica das resignações? Ao longo dos anos, os comentadores têm encontrado respostas de todo o tipo. O próprio Bergman referiu que o filme o ajudou a ultrapassar a angústia perante a morte, falando dele como uma “superação”. Anos mais tarde, descreveu assim a sua posição: “Tinha medo daquele enorme vazio, mas a minha opinião pessoal é que quando morremos, morremos, e passamos de um estado de existência (“a state of something”) para um estado de absoluto nada (“a state of absolute nothingness”); e não acredito nem por um segundo que haja alguma coisa acima ou para além, ou como se queira dizer; e isso enche-me de segurança”. Não se pode deixar de associar a estas palavras de Bergman um dos mais terríficos diálogos de Det Sjunde Inseglet, quando von Sydow confessa a um monge (que é a “Morte”disfarçada) que “grita por Deus mas às vezes parece que não está lá ninguém”. A Morte responde que isso (não estar lá ninguém) é uma possibilidade, e von Sydow desabafa: “Se isso for verdade, então toda a vida é um horror sem sentido”. Mas no filme não há propriamente uma resposta a essa dúvida (e nem a Morte, que é apenas “a morte”, pode dizer alguma coisa sobre o que se passa depois dela): Det Sjunde Inseglet não é um filme sobre nenhuma espécie de “além”, mas, como nesse mesmo diálogo a personagem de von Sydow também indica, sobre a vida e sobre a condenação em vida à terrificante angústia sobre esse “além” ou seja, sobre a vida debaixo do “silêncio do céu”, esse céu que como dissemos baliza o princípio e o fim do filme.(...) Mas talvez seja mais simples do que isso, e talvez seja a própria “simplicidade” da vivência dos saltimbancos a configurar uma resposta à possibilidade de uma existência “para cá” da morte assim se opondo ao “horror sem sentido” dos temores de von Sydow, expressão de uma vida incapaz de se desprender da morte. Não “o céu”, mas “a terra”: como se a mais bela (e mais “religiosa”) cena de Det Sjunde Inseglet fosse aquela em que todos partilham o leite e os morangos.
Luis Miguel Oliveira, Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema
22.1.08
Em novembro de 1960, estreia Disparem sobre o pianista. Segunda longa-metragem de Truffaut e primeira clara abordagem do film noir. Baseado em Down There, romance policial de David Goodis, apresenta-nos um leque de lugares e personagens inesperados do imaginário dos policiais negros norte-americanos que tanto apaixonaram Truffaut. Homenagem aos chamados filmes B de Hollywood, que acompanharam Truffaut durante todo o seu percurso de realizador.
Truffaut acrescenta ao tom trágico e ao suspense do policial negro, um tom descontraído de narrativa e uma maior profundidade psicológica das personagens.
O filme resultou num insucesso de bilheteira que levou alguns jornalistas a anunciarem o fim da Nouvelle Vague.
O passar do tempo mostrou a artificialidade destas críticas.