6.1.08

O Grande Ditador: Terça 8 e Quarta 9 Janeiro



O GRANDE DITADOR
The Great Dictator, Charles Chaplin
EUA, 1940

Terça-feira, 8 de Janeiro: 10H50
Quarta-feira, 9 de Janeiro: 15H00

Auditório da ESEQ - Entrada Livre

SINOPSE: Uma sátira burlesca de Charles Chaplin a Hitler e ao nacional-socialismo, apesar de Chaplin ter acabado por declarar que se, na altura da rodagem, tivesse ideia da verdadeira extensão das atrocidades nazis "nunca poderia ter gozado com tal insanidade homicida". O filme, rodado em segredo no final dos anos 30, estreou na América em 1940, em plena II Guerra Mundial. A história tem como protagonista um soldado-barbeiro judeu que, no final de uma batalha, perde a memória e vai parar a um asilo. O barbeiro tem uma grande semelhança com o ditador Adenoid Hynkel que ganha poder e se prepara para invadir o país vizinho Osterlich. Para isso, tenta arranjar financiamento junto da comunidade judaica, mas esta recusa-se a ajudá-lo. Por essa razão, Hynkel reprime-os violentamente e o barbeiro vai parar a um campo de concentração. Uma das grandes obras de Charles Chaplin e a sua primeira com som, 13 anos após o fim do mudo, com a qual conquistou o prémio de melhor actor (que recusou) atribuído pelo Círculo de Críticos de Cinema de Nova Iorque. O filme foi ainda nomeado para cinco Óscares, entre os quais o de melhor filme.

in, PUBLICO.PT




A palavra ao Prof. António Boaventura Pinto:

Este filme é um dos guardo na prateleira de cima.
A prateleira de cima guarda tesouros de mim.
O Grande Ditador criou raízes fortes na minha prateleira.
Ensinou-me por entre o riso de menino sobre o valor fundamental da humanidade, que é a liberdade.
Ensinou-me a reconhecer os traços bem evidentes de todos os Adenoid Hynkel – dos mais pequenos aos maiores – com quem me tenho cruzado.
Ensinou-me que os Adenoid Hynkel existem sempre que nos querem obrigar a pensar que eles não existem.
Ensinou-me a compreender que as loucuras desses sujeitos raramente são diagnosticadas pela medicina e que quase nunca são tratadas em terapia pacífica e sem efeitos secundários.
Ensinou-me que, muitas vezes, essas loucuras são exaltadas e vão alimentando o ódio de frustrações mesquinhas – com tratamento conhecido pela medicina especializada – que prolifera numa sociedade de ambições desumanas.
Ensinou-me a diferença entre o poder e o amor.
Ensinou-me que, mesmo assim, a inteligência é que nos permite sobreviver.
Ensinou-me que a inteligência é feita de liberdade, de riso, de beleza e de humanidade.
Ensinou-me a estar inteligentemente preparado e ter esperança.
Tal como o barbeiro diz:
"Hannah, estás a ouvir?
Onde quer que estejas, olha para cima!
Olha para cima, Hannah!
As nuvens sobem, o sol está a abrir caminho!
Estamos fora das trevas, em direcção à luz!
Vamos para um novo mundo; um mundo mais feliz, onde os homens vencerão a ganância, o ódio e a brutalidade.
Olha, Hannah!"

António Boaventura Pinto

1 comentários:

Anónimo disse...

ah, o grande ditador... este é um clássico!