12.2.10

FEVEREIRO, CICLO INGMAR BERGMAN


Ernst Ingmar Bergman (1918-2007) foi um dramaturgo e cineasta sueco. Estudou na Universidade de Estocolmo, onde se interessou por teatro e, mais tarde, por cinema. Iniciou a carreira em 1941, escrevendo a peça teatral Morte de Kasper. Em 1944, desenvolveu o primeiro argumento para o filme Hets. Realizou o primeiro filme em 1945, Kris. Os seus trabalhos lidam geralmente com questões existenciais, como a mortalidade, a solidão e a fé. As suas influências literárias provêm do teatro: Henrik Ibsen e August Strindberg. Teve um romance com Liv Ullmann, com quem teve uma filha. Dirigiu a actriz em dez filmes, começando por Persona. Talvez o melhor comentário sobre Ingmar Bergman tenha partido de Jean-Luc Godard: "O cinema não é um ofício, é uma arte. O Cinema não é um trabalho de equipa, o director está só diante de uma página em branco. Para Bergman, estar só é fazer perguntas; filmar é encontrar as respostas. Nada poderia ser mais classicamente romântico".
Paul Duncan

Persona [a máscara] | 1966
2 de Fevereiro, 10h05m




A actriz Elisabeth Vogler deixou de falar e isolou-se completamente do mundo.
Por ordem dos médicos, é levada para uma remota casa de campo, na companhia de uma enfermeira, Alma. Esta está sempre a falar, para preencher o silêncio, e gradualmente começa a revelar por completo a sua identidade... até descobrir que ela lhe tem sido progressivamente sugada. À medida que as duas mulheres vão batalhando pelo controle da situação e pela sua sanidade, a grande questão torna-se, não em saber qual é a doente e quem está a cuidar de quem, mas sim se no fundo elas serão duas mulheres diferentes, ou se serão uma e a mesma mulher.


Lágrimas e suspiros | 1972
9 de Fevereiro, 10h05m



Agnes vive na mansão herdada dos falecidos pais. Pinta, toca piano e não tem nenhum homem na vida. Agora, com 37 anos, foi-lhe descoberto um tumor no útero e espera submissa a morte, passando os dias na grande cama do seu belo quarto.
Karen, a irmã mais velha, está presa ao casamento com um homem mais velho, esconde uma raiva constante contra a sua existência.
Maria é a irmã mais nova. O seu casamento é estável e a sua vida desafogada, mas comporta-se como uma menina mimada. Com uma enorme fixação pela sua beleza, não tem qualquer limite moral. A sua única vontade é sentir-se atraente. Anna é a criada da casa. Agnes tomou conta dela e da criança que teve muito joem. Uma amizade tácica mas nunca revelada estabeleceu-se desde então entre estas duas mulheres solitárias. Anna é calada e tímida, mas está sempre presente...


Da vida das marionetas | 1980
23 de Fevereiro, 10h05m



Peter, um homem de negócios, e Katarina, uma desenhadora, vivem aparentemente uma vida equilibrada e harmoniosa. Mas no seu casamento, nenhum deles consegue comunicar com o outro. Ele é sonhador e ela é a mais forte do casal, e por vezes procura deliberadamente humilhá-lo. Peter tem um sonho em que consegue alcançar a sua mulher com os seus sentimentos. Mas no momento em que experimenta uma total sensação de posse, percebe que ela está morta.
Procurando um psiquiatra amigo, conta-lhe o sonho e confessa estar obcecado com a ideia de matar a mulher.
Depois de algumas tentativas falhadas de suicídio, Peter vai a um clube de sexo. Uma prostituta despoleta de novo o seu impulso para o crime. É ela - Ka, uma estranha - que se torna a vítima e não a sua mulher Katerina.

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